quinta-feira, 20 de junho de 2013
“Você
pensa que é o fim do mundo, mas não é. Você acha que a sua dor é a pior
de todas as dores já existentes, mas está enganado. Fácil é sofrer,
passar dias trancado no quarto, chorar até que a última gota do seu
corpo se esgote. Difícil é superar. E mais difícil ainda é se convencer
de que superou. Fácil é acabar com a vida pra acabar com a dor, difícil
mesmo é levantar todos os dias com um buraco
no peito e colocar a roupa de existir. Dizer que está bem é fácil,
complicado é estar. Escutar aquela música, sentir aquele cheiro e
visitar aquele lugar parecem ser coisas que ardem o fundo da alma,
porque as lembranças doem como álcool em ferida aberta. Mas a verdade é
que não sentir mais nada dói bem mais. O fim de um sentimento é mais
triste do que o seu fim propriamente dito. É mais difícil enterrar
histórias, momentos e sorrisos à enterrar-se. Enquanto ainda há uma
faísca em meio ao fogo apagado, de certa forma também ainda há
importância. Sofrer por se importar é natural, estranho é sofrer por não
fazer mais diferença alguma. Continuar dentro de uma bolha de solidão e
sofrimento é escolha sua, assim como lutar pra sair dela também. Fácil é
olhar a vida passando e ficar estático no mesmo lugar, amargurado,
desiludido, cabisbaixo. Difícil é assumir que está no fundo do poço e,
sim, precisa de ajuda. Difícil é estufar o peito e não se deixar abalar
por nada. Fácil é chorar pela cicatriz adquirida, difícil é aceita-la
como uma tatuagem interna que faz parte de você.”
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