Clarissa Corrêa
“Eu
lembro, amor. De tudo, cada passo que a gente deu para as diversas
direções que já fomos. Lembro das brigas também. Lembro de pensar que o
amor é perfeito, que bobeira, o amor é pura imperfeição. Perfeitos só os
casais do comercial da Becel (sem sal). Lembro de já ter ficado triste
por te deixar triste. Lembro de me sentir mal com isso. Lembro dos
momentos em que a gente foi bobo e feliz. Lembro que sou feliz a maior
parte do tempo, pelo simples fato de você existir em mim. Lembro de
descobrir que um sentimento não serve para ser dito, como coisa que fica
bem em filme ou texto, ele tem que ser vivido de forma plena. Lembro de
não conseguir me permitir sentir tanta felicidade assim. Lembro da tua
mão, que sempre acha a minha. Lembro dos teus dedos, que sempre me fazem
carinho. Lembro da tua boca, que sempre me acalma. Lembro do teu rosto
de menino, que me olha como se ainda fosse aquela primeira vez. Lembro
de cada coisa que descubro, manias, gestos, pensamentos.”
— Clarissa Corrêa
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